Gana: um país de cultura e desenvolvimento na África Ocidental

Gana é um país localizado na África Ocidental, banhado pelo oceano Atlântico e limitado pela Costa do Marfim, Burkina Faso e Togo. 

É o segundo maior produtor de cacau do mundo e possui o maior lago artificial do mundo em superfície, o Lago Volta. Sua capital e maior cidade é Acra, um centro econômico e cultural do país. 

Gana tem uma população de cerca de 31,7 milhões de habitantes, composta por diversos grupos étnicos, linguísticos e religiosos. 

O país é uma república presidencialista, com um sistema multipartidário e uma constituição democrática. 

Gana foi a primeira ex-colônia britânica da África e a primeira nação subsaariana a conquistar a independência do colonialismo europeu, em 1957. O nome “Gana” significa “guerreiro” e é derivado do antigo Império do Gana, que se estendia por grande parte da África Ocidental.

História

A história de Gana remonta aos tempos pré-coloniais, quando o território era habitado por diversos povos indígenas, como os acãs, os dagombas, os ewes e os gas. 

Esses povos desenvolveram reinos e impérios que se envolveram em comércio e guerra entre si e com outros povos africanos. 

Alguns desses reinos foram o Império Axante, o Reino de Dagomba e o Reino de Gonja. 

O contato com os europeus começou no século XV, quando os portugueses chegaram à costa do país em busca de ouro e escravos. 

Outras potências europeias, como os holandeses, os ingleses, os franceses e os suecos, também estabeleceram feitorias e fortalezas na região, que ficou conhecida como Costa do Ouro. 

Os europeus exploraram os recursos naturais e humanos do país, provocando conflitos com os povos locais.

No século XIX, os britânicos passaram a dominar a Costa do Ouro, impondo sua administração colonial e sua influência cultural. Os povos ganenses resistiram ao domínio britânico, liderados por figuras como Yaa Asantewaa, a rainha-mãe dos axantes, que liderou uma rebelião contra os britânicos em 1900. 

No século XX, surgiram movimentos nacionalistas que reivindicavam a independência do país. 

Um dos principais líderes desses movimentos foi Kwame Nkrumah, que fundou o Partido da Convenção Popular em 1949 e organizou greves e manifestações contra o colonialismo. 

Em 1957, após um plebiscito que confirmou o desejo da população pela independência, Gana se tornou o primeiro país africano a se libertar do jugo britânico. 

Nkrumah se tornou o primeiro presidente do país e iniciou um projeto de modernização econômica e socialista.

No entanto, Nkrumah enfrentou problemas internos e externos, como a oposição política, as tentativas de golpe de Estado, a crise econômica e a instabilidade regional. 

Em 1966, ele foi deposto por um golpe militar liderado pelo general Joseph Ankrah. 

A partir daí, Gana viveu um período de alternância entre regimes civis e militares, marcado por golpes de Estado, violações dos direitos humanos e corrupção. 

Em 1979, um jovem oficial chamado Jerry Rawlings liderou um golpe contra o governo militar vigente e prometeu restaurar a democracia no país. 

Ele entregou o poder a um governo civil eleito em 1979, mas voltou ao poder em outro golpe em 1981. 

Rawlings governou o país até 2001, implementando reformas econômicas e políticas que melhoraram a situação do país. 

Em 1992, ele foi eleito presidente em eleições multipartidárias, dando início à Quarta República de Gana. Desde então, o país tem mantido a estabilidade democrática e o crescimento econômico, apesar de alguns desafios como a pobreza, a desigualdade e o terrorismo.

Geografia

Gana possui uma geografia diversificada, com diferentes tipos de relevo, clima, vegetação e hidrografia. 

O país tem uma área de 238.537 km², sendo o 79º maior do mundo em extensão territorial. 

O país é banhado pelo oceano Atlântico ao sul e faz fronteira com a Costa do Marfim a oeste, Burkina Faso a norte e Togo a leste. 

O relevo de Gana é formado por planícies e planaltos em sua maioria, com altitudes que variam entre 0 e 900 metros acima do nível do mar. 

O ponto mais alto do país é o Monte Afadjato, com 885 metros de altitude, localizado na fronteira com Togo. 

O clima de Gana é tropical, com temperaturas médias anuais entre 24°C e 28°C. O país tem duas estações principais: a estação seca, que vai de novembro a abril, e a estação chuvosa, que vai de maio a outubro. 

A quantidade e a distribuição das chuvas variam de acordo com as regiões do país. A costa sul recebe cerca de 2.000 mm de chuva por ano, enquanto o norte recebe cerca de 1.000 mm.

A vegetação de Gana reflete as condições climáticas e edáficas de cada região. A maior parte do território é coberta por savanas, que são formações vegetais compostas por gramíneas e árvores esparsas. 

As savanas podem ser classificadas em savanas arbóreas, savanas arbustivas e savanas gramíneas, de acordo com a densidade da vegetação. 

A costa sul possui uma faixa de floresta tropical úmida, que é uma formação vegetal densa e diversificada, com árvores de grande porte e muitas espécies de plantas e animais. 

Essa floresta tem sido reduzida pela exploração madeireira e pela agricultura. A hidrografia de Gana é composta por rios, lagos e lagoas. 

O principal rio do país é o Volta, que nasce na junção dos rios Negro e Branco em Burkina Faso e deságua no oceano Atlântico em Gana. 

O rio Volta forma o Lago Volta, o maior lago artificial do mundo em superfície, com cerca de 8.500 km². 

O lago foi criado pela construção da barragem de Akosombo em 1965, que gera energia hidrelétrica para o país. Outros rios importantes são o Ankobra, o Pra e o Tano.

Demografia

Gana possui uma população de cerca de 31,7 milhões de habitantes (estimativa de 2020), que se concentra principalmente nas áreas urbanas próximas à costa sul. 

A densidade demográfica é de cerca de 139 habitantes por km². A capital e maior cidade do país é Acra, com cerca de 2,6 milhões de habitantes. 

Outras cidades importantes são Kumasi (3,6 milhões), Tamale (646 mil), Sekondi-Takoradi (445 mil) e Cape Coast (169 mil). 

Gana é um país multiétnico, multilinguístico e multirreligioso, que abriga diversos grupos culturais com suas próprias tradições e identidades. 

Os principais grupos étnicos são os acãs (47%), os móles-dagbanis (17%), os ewes (14%), os gas (7%), os guans (4%) e os gurmas (3%). 

Os principais idiomas são o inglês (oficial) e os idiomas locais como o acã (falado por 67% da população), o dagbani (10%), o jeje (8%) e outros. 

As principais religiões são as cristãs (71%), as islâmicas (20%), as tradicionais africanas (5%) e as sem filiação religiosa (4%).

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Guilherme Lemos
Guilherme Lemos

Olá sou Guilherme, redator do Portal Foco, gosto de levar conteúdo de altíssima qualidade para as pessoas, com isso se prepare para apreciar os artigos desse blog!

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