A Bolívia é um país localizado na América do Sul, que faz fronteira com o Brasil, o Paraguai, a Argentina, o Chile e o Peru.
É um dos países mais pobres e desiguais do continente, mas também um dos mais ricos em recursos naturais e em diversidade cultural e étnica.
A Bolívia tem duas capitais: Sucre, a capital constitucional e sede do poder judiciário, e La Paz, a capital administrativa e sede dos poderes executivo e legislativo.
História
A história da Bolívia é marcada pela influência das civilizações pré-colombianas, como os aimarás e os quíchuas, que formaram o Império Inca.
Pela colonização espanhola, que explorou as riquezas minerais do território; pela independência, conquistada em 1825 com o apoio de Simón Bolívar, que deu nome ao país.
Pelos conflitos limítrofes com os países vizinhos, que resultaram na perda de parte do território e do acesso ao mar; pela revolução de 1952, que promoveu reformas sociais e nacionalizações.
Pelos governos militares, que reprimiram os movimentos populares; pelos governos democráticos, que enfrentaram crises políticas e econômicas.
E pela ascensão de Evo Morales, o primeiro presidente indígena do país, que liderou um processo de mudança constitucional e de reconhecimento da plurinacionalidade e da diversidade cultural da Bolívia.
Geografia
A geografia da Bolívia é caracterizada pela presença da cordilheira dos Andes, que atravessa o país de norte a sul e forma o Altiplano, uma planície elevada onde se encontram o lago Titicaca, o maior lago navegável do mundo, e o salar de Uyuni, o maior deserto de sal do mundo.
A leste dos Andes, estende-se a região dos vales interandinos, onde se cultivam frutas e cereais, e a região das planícies tropicais, onde se localizam as florestas úmidas da Amazônia e do Chaco.
O clima da Bolívia varia de acordo com a altitude e a latitude, podendo ser tropical úmido nas planícies, temperado nos vales e frio no Altiplano.
A hidrografia da Bolívia é composta por rios que integram as bacias do Amazonas e do Prata, sendo os principais o Madeira e o Paraguai.
Demografia
A demografia da Bolívia reflete a diversidade étnica e cultural do país. Segundo o censo de 2012, a população boliviana era de cerca de 10 milhões de habitantes, sendo 41% de origem indígena (principalmente quíchuas e aimarás), 38% de origem mestiça (de ascendência indígena e europeia), 15% de origem branca (de ascendência europeia) e 6% de outras origens (afro-bolivianos, asiáticos etc.).
Os idiomas oficiais da Bolívia são o espanhol e as línguas indígenas reconhecidas pela Constituição (36 no total), sendo as mais faladas o quíchua, o aimará e o guarani.
A religião predominante é o catolicismo romano (77%), seguido pelo protestantismo (16%) e por outras crenças (7%).
As maiores cidades da Bolívia são La Paz (com cerca de 800 mil habitantes), Santa Cruz de la Sierra (com cerca de 1,6 milhão) e Cochabamba (com cerca de 600 mil).
Economia
A economia da Bolívia é baseada na exploração e na exportação de recursos naturais, principalmente o gás natural, o petróleo, o estanho, o zinco, a prata e o ouro.
O setor agrícola é responsável por cerca de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) e emprega cerca de 30% da população, produzindo alimentos como batata, milho, quinoa, soja e coca.
O setor industrial é pouco desenvolvido e concentra-se na transformação de matérias-primas e na produção de têxteis, alimentos e bebidas.
O setor de serviços é o que mais contribui para o PIB (cerca de 50%) e inclui atividades como comércio, transporte, comunicação, educação, saúde e turismo.
A Bolívia enfrenta problemas estruturais como a dependência externa, a dívida pública, a inflação, a pobreza, a desigualdade e a informalidade.
Política
A política da Bolívia é regida pela Constituição de 2009, que estabelece um regime republicano, presidencialista, plurinacional e participativo.
O poder executivo é exercido pelo presidente da República, eleito por voto direto para um mandato de cinco anos, podendo ser reeleito uma vez.
O poder legislativo é exercido pela Assembleia Legislativa Plurinacional, composta por duas câmaras: a Câmara dos Deputados, com 130 membros eleitos por voto direto e proporcional para um mandato de cinco anos; e a Câmara dos Senadores, com 36 membros eleitos por voto direto e majoritário para um mandato de cinco anos.
O poder judiciário é exercido pelo Tribunal Supremo de Justiça, pelo Tribunal Constitucional Plurinacional, pelo Tribunal Agroambiental e pelo Conselho da Magistratura.
A Bolívia é dividida em nove departamentos, que são administrados por governadores eleitos por voto direto para um mandato de cinco anos.
Cultura
A cultura da Bolívia é fruto da mistura das tradições indígenas, europeias e africanas.
A arte boliviana se expressa na arquitetura colonial das cidades históricas, como Potosí e Sucre; na pintura barroca dos mestres da escola cuzquenha; na escultura em madeira dos santos católicos; na música andina, que utiliza instrumentos como a quena, o charango e o sikus; na dança folclórica, que representa as festas religiosas e os ritos agrários; na literatura contemporânea, que retrata as lutas sociais e as identidades culturais; e no cinema independente, que aborda temas como a violência política e a discriminação étnica.
Os esportes mais praticados na Bolívia são o futebol, o voleibol e o basquetebol.
Os feriados mais celebrados na Bolívia são o Ano-Novo (1º de janeiro), o Carnaval (fevereiro ou março), a Páscoa (março ou abril), o Dia do Trabalho (1º de maio), o Dia da Independência (6 de agosto), o Dia da Virgem de Guadalupe (8 de setembro), o Dia da Raça (12 de outubro), o Dia dos Mortos (2 de novembro) e o Natal (25 de dezembro).